quinta-feira, 7 de abril de 2011

O uso das redes sociais na educação é tema comum entre educadores e estudantes

Por Claudemir Viana



Experimente digitar no google o termo redes sociais na educação e perceba o que acontece. Fizemos o teste e constatamos impressionantes 5.150.000 resultados em rapidíssimos 0,11 segundo. Tamanha oferta de conteúdo sobre o tema evidencia que o uso das redes sociais com intencionalidade pedagógica vem sendo amplamente abordado no ambiente virtual. Mas não é somente pela web que o assunto ganha destaque. Um número expressivo de encontros presenciais mundo afora tem reunido especialistas em educação e tecnologia para debaterem o tema em congressos, conferências, palestras, workshops etc.

Um destes encontros aconteceu no último dia 25/03, em São Paulo. Trata-se do Congresso Peoplenet in Education, que contou com um público de aproximadamente 300 pessoas no auditório da Universidade Anhembi Morumbi, um dos organizadores do evento. Na platéia estavam presentes integrantes da equipe gestora do Minha Terra e da Fundação Telefônica.

A programação do congresso contou com palestras que procuraram abordar o tema, de forma geral, sob o aspecto do que são as redes sociais como ferramentas da e na internet, e o que elas propiciam. Mas pouco foi apresentado sobre experiências práticas com o uso delas para a promoção do ensino e da aprendizagem por educadores, e mesmo assim só se referindo ao ensino superior.

Por estas e outras situações é que se percebe o quanto de inovação na educação básica ocorre quando alunos e professores de mais de 1.800 escolas de todo Brasil aderem às propostas da Rede Social Educativa Minha Terra, e, a partir delas, passam a incorporar o uso de ferramentas das redes sociais de forma articulada ao currículo, para desenvolverem temas e conteúdos relacionados à sustentabilidade! E, ainda mais, quando trazem para a escola práticas que já desenvolvem como usuários destas redes no mundo da web. Aprender e ensinar em rede, todos podem ganhar com isso!
De qualquer forma, algumas palestras do Congresso Peoplenet foram bem interessantes. Um dos aspectos abordados no encontro foi a importância de se entender que Redes Sociais não são o twitter, o facebook, os blogs e o Orkut da vida, dentre outras tantas. Estes são apenas e tão somente ferramentas, meios! Na verdade, redes sociais são compostas por pessoas! E que elas, as redes sociais, existem desde sempre na história da humanidade. Afinal, somos seres sociais e é nas e pelas relações sociais que nos constituímos como espécie humana e, individualmente, em sujeitos sociais.  Por isso, o título do congresso dá destaque a este aspecto: “people” significa “pessoas”, antes mesmo de dar ênfase ao meio, no caso “net”, diminutivo de internet.


O que torna, atualmente, o tema tão importante são dois fatos: primeiro, o fato de que a internet e as ferramentas que viabilizam a construção de redes entres pessoas de forma muito mais ampla, dinâmica e eficiente, tornaram a questão das redes sociais virtuais importantes e estratégicas para muitas pessoas, profissionais e instituições (de indústrias às escolas); um segundo fato é que muitos ainda não sabem como utilizar as redes sociais virtuais para seus interesses e benefícios, e isto inclui não só pessoas e profissionais, mas também e principalmente as instituições!

E aí é que se entende porque o tema Redes Sociais atrai tanto interesse da indústria, do comércio, enfim, de instituições de diversas áreas, e dos seus respectivos profissionais. O tema está na moda sim, mas é reflexo de uma realidade – a forte presença das redes sociais virtuais no cotidiano de pessoas e instituições;  e de uma necessidade – saber como lidar com elas em prol dos desejos e interesses dos sujeitos e das instituições que constroem esta realidade.

Instituições nas e pelas Redes Sociais Virtuais
 
Se por um lado as instituições estão se debatendo por não saberem bem como utilizar as redes sociais virtuais em seu benefício; pessoas, sobretudo os jovens da Geração Y, pintam e bordam no mundo da web e, através dele, interferem no mundo real de alguma forma, a exemplo do que vemos recentemente no Brasil e no exterior (como as revoluções que estão ocorrendo no mundo árabe atualmente). E aí o desafio se torna ainda maior para todas as instituições, sobretudo para as escolas. Além do ensino superior, jovens do ensino básico (ensinos fundamental e médio) já têm incorporado em sua cultura as práticas cotidianas decorrentes do uso das redes sociais virtuais, além de tantos outros conteúdos e ferramentas gerados ou divulgados pela internet!

Mesmo assim, empresas e escolas ainda teimam em apostar que o melhor é proibir o acesso às redes, bloqueando facebook, Orkut, MSN, e outras ferramentas. Essa resistência institucional tem se mostrado uma decisão caduca (no sentido de ultrapassada), por não levar em consideração que cada vez mais os celulares são vendidos a preços populares, e que esses aparelhos que dão acesso à internet não se desgrudam mais das mãos de jovens e adultos! O melhor então seria educar também para o uso adequado destes instrumentos de trabalho e/ou educação nos ambientes coletivos (empresas e escolas), não é mesmo? Mas como?

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Fonte :EDUCAREDE

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